Filme Happy Feet- O pinguim

Universidade Federal Fluminense
Faculdade de Educação
Disciplina: Educação Especial
Docente: Cristina Deolu
Discente: Kamila Santana

Filme Happy Feet- O pinguim

O filme Happy Feet conta a história de um jovem pinguim que faz parte da espécie de pinguins imperador que cantam para se preparem para o acasalamento. Nesta nação, o mais importante é saber cantar, e cantar bem. Porém, Mano o protagonista do filme não sabe cantar e sim sapatear.

Todos os pinguins, inclusive seu pai, não aceitam o fato de Mano não saber cantar e seu talento de dançar. Na escola ele não consegue aprender a cantar e é rejeitado e criticado por todos os colegas. Mano explica para professora que quando ele é espontâneo o que ele faz é dançar e que não entende o porquê ele não podia apenas dançar ao invés de cantar.

Longe de olhares críticos, Mano dançava se descobrindo e sendo ele mesmo. Dançar o fazia feliz, e o que ele queria era ser aceito mesmo sendo diferente dos outros. Seu maior questionamento era se havia um lugar onde um pinguim que não sabia cantar, podia ser ele mesmo. Desta forma, ele não se identificava com o bando e buscava seu próprio caminho.

Mano era apaixonado por Glória, sua amiga de infância. Mas ele não tinha como conquistá-la, pois para os pinguins de sua espécie faziam isso através do canto. Isto o fez cada vez mais perceber que era excluído.
Ninguém o aceitava, o preconceito era tanto que Mano foi culpado pela falta de peixe apenas por ser diferente e acusado de ser mau presságio. Os anciões de sua aldeia afirmam que todos devem ser iguais e ter os mesmos hábitos, pois senão a ordem não permaneceria.

O jovem pinguim mesmo expulso de seu bando não desistiu de procurar a verdade pela falta de peixe, logo descobrindo que eram os seres humanos que causava toda a escassez. Com sua dança, Mano consegue se comunicar com os humanos que procuram reestabelecer a cadeia alimentar do local. A partir disso, Mano mostra para toda sua nação, que ele mesmo diferente possui seu valor, e que é possível ser diferente e viver em harmonia.

O filme nos remete à nossa realidade onde o diferente, seja ele portadores de alguma deficiência ou não, muitas vezes são excluídos da sociedade. A educação especial pressupõe um respeito mutuo que independe da sua condição física, social, intelectual, nos transmitindo um valor humano que se transfere para todas as instâncias da sociedade. Nós precisamos entender que somos diferentes um dos outros, e é essa diferença que nos constituem humanos.